pediu um pão na chapa com pouca manteiga enquanto mordia desejos no desjejum. distraído pelas notícias do telejornal, perdeu o foco na primeira curva. assistia a verdade pelas câmeras de segurança. mais rápidos que batedor de carteira eram os pensamentos dela, e ele tolamente acreditava que eram os olhos. os olhos dela, o negrume, a passagem para o infinito, o insondável, o buraco. o café. 'nada de leite, por favor', sim claro puro como sempre, e por que seria diferente hoje, porque um dia as coisas mudam.
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