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22.12.10
19.12.10
imigração
pediu um pão na chapa com pouca manteiga enquanto mordia desejos no desjejum. distraído pelas notícias do telejornal, perdeu o foco na primeira curva. assistia a verdade pelas câmeras de segurança. mais rápidos que batedor de carteira eram os pensamentos dela, e ele tolamente acreditava que eram os olhos. os olhos dela, o negrume, a passagem para o infinito, o insondável, o buraco. o café. 'nada de leite, por favor', sim claro puro como sempre, e por que seria diferente hoje, porque um dia as coisas mudam.
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assovio da moleira quente
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canção no sol
enquanto esperava o tempo chegar.
o tempo não chegou
riu invisível
da minha distração.
(o tempo me contemplou)
sol também ri
até quando tempo é noite
e volta pra casa insone
pronto pra partir insípido.
pensando em letras:
daqui da janela uma fogueira
cheia de vozes ao redor
ilumina um ritual de intenções sem volta.
acordei grama pisada
sem saber se era sonho ou suor,
e não saberei de nada além azul.
sereno na lama
banhado de espírito
sujo de blu.
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