uma mulher acompanhada de seus quase 75 anos aparentava uma tranqüilidade obtusa. estava vestida de esmeralda pálida, tinha cabelos perolados respeitáveis e fala incisiva. uma mulher cujas palavras misturavam no café com leite a repetida insistência de velhas histórias.
seu marido equilibrava a atenção numa bengala. seus olhos eram cheios de dias, dias e mais dias. parecia debruçado na janela do tempo, embevecido pela paciência das paisagens.
ou quem sabe vagueava com toda a sorte de seres fantásticos, salamandras, sereias, sirigaitas.
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