24.10.08

pós-nostalgia


enfim
Originally uploaded by
Mantelli


cascos, velas, caos, esta é uma questão que pouco importa, agora. fui tomado de assalto por letras bonitas, letras negras, finas, delgadas, era um alfabeto fashion week naquela noite de esguio. bem ouvia jorge, brother, fiquei de pé com minhas próprias obsessões. fui surpreendido pelos meus desejos.
tenho um vento danado de ser leve. vela grande para pouco casco. um espirro e se excedem os nós, nem sei ainda quantos deles mas um dia aprendo.
(remendo de inverno) café ligado na tomada, iogurte natural, granola, mel e um aquecedor quebrado. é o tipo de situação onde você encontra o vácuo, o nada, o juízo final. um anjo com a cara do jece valadão. gracejo infame de quinta. o espelho, eu no espelho, meu espanto especular refletido num corpo de menta. água ártica. palavras pouco gentis. me engano apenas com um meio-banho. o dia está lindo.
estou mergulhado bem fundo num pensamento de óculos, não preciso mais deles. sua música também tem corpo de menta. são pérolas com o sol. como o sol. como você. (minha língua dilata quando penso nisso)
cheio da contundência de nelson, criei bigode para ímã de decotes. pouca coisa (ou nada) é o que parece ser. por que, afinal, me surpreendo? a gente (ou nada) é o que parece ser.
(...)
estava bem, muito bem, entreatos. entreazuis. e algumas outras cores que refletiam, de vez em quando, nos cantos dos olhos. ah, só isso era muito bonito, viu?
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